CREMONA, Ercole (January 1923). "O Salão do Centenário". Illustração Brasileira. Rio de Janeiro: Egba. Archived from the original on 2018-03-05. Retrieved 2018-02-26.
Simioni 2002, p. 153: Na tela, Georgina centrou a cena na princesa Leopoldina, indicando o seu papel de articuladora política, visto como fundamental para o evento celebrado. O modo com que o faz também deve ser destacado: ela não está ao centro, com uma espada, e tendo abaixo os homens (ou o povo, se se quiser), tal qual aparecia nas pinturas alegóricas ou naquelas em que o herói era um homem. Essa heroína é serena (contrariando a noção da mulher como um ser sem controle sobre suas paixões); não se coloca acima dos homens (mas eles lhe rendem homenagem, ainda que estejam mais altos); não faz a guerra, mas a articula; não dá "o grito", mas o engendra, sua força é intelectual. Simioni, Ana Paula Cavalcanti (2002). "Between conventions and discreet daring: Georgina de Albuquerque and the historical feminine painting in Brazil". Revista Brasileira de Ciências Sociais (in Portuguese). 17 (50): 143–159. doi:10.1590/S0102-69092002000300009. ISSN0102-6909.
Vincentis 2015, p. 69: Convocou-se o conselho de Estado para o dia 1 de setembro (ou 2), às 10 horas da manhã. Já estavam todos os ministros presentes no Paço. Fez José Bonifácio a exposição verbal do estado em que se achavam os negócios públicos, e concluiu dizendo que não era mais possível permanecer naquela dubiedade e indecisão, e para salvar o Brasil cumpria que se proclamasse imediatamente a sua separação de Portugal. Propôs, então, que se escrevesse a D. Pedro que sem perda de tempo pusesse termo, ali mesmo, em São Paulo, a uma situação tão dolorosa para os brasileiros. Vincentis, Paulo de (2015). Pintura histórica no Salão do Centenário da Independência do Brasil (Dissertação de Mestrado em Filosofia) (in Portuguese). São Paulo: Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. doi:10.11606/D.100.2014.tde-23012015-092503.
Simioni 2002, p. 152: Do ponto de vista formal, o mínimo que se pode dizer é que Georgina foi tímida, pois buscava essa solução de compromisso já repetidamente utilizada por artistas franceses os quais conheceu, ou como aluna ou como espectadora, em seu período de formação na França. Tais fórmulas, presentes ainda nos anos de 1980 em artistas denominados juste milieu foram absorvidas por vários outros artistas brasileiros como Visconti, Calixto, Amoedo, Décio Villares, Manoel Lopes Rodrigues, Firmino Monteiro, entre outros, constituindo-se como um patamar de atuação seguro, com um público relativamente estável, ou, em outras palavras, demonstrava um desejo de atualização, um gosto pelo moderno, mas sem grandes ânsias pela ruptura com o sistema acadêmico. Simioni, Ana Paula Cavalcanti (2002). "Between conventions and discreet daring: Georgina de Albuquerque and the historical feminine painting in Brazil". Revista Brasileira de Ciências Sociais (in Portuguese). 17 (50): 143–159. doi:10.1590/S0102-69092002000300009. ISSN0102-6909.
Simioni 2014, p. 9: Léopoldine est représentée à l´antipode de son époux : élégante, sereine, d´une noble tranquillité, sa force ne vient pas de caractéristiques physiques tangibles mais d´une suprématie intellectuelle, corroborée par la posture raide d´un homme d'État. On peut imaginer que l'artiste a voulu introduire l´idée que la princesse n'a pas « donné le Cri15 », mais l'aura engendré, laissant à son mari le soin de la simple exécution de l'action. Simioni, Ana Paula Cavalcanti (2014). "Les portraits de l'Impératrice. Genre et politique dans la peinture d'histoire du Brésil". Nuevo Mundo Mundos Nuevos (in French). doi:10.4000/nuevomundo.66390. ISSN1626-0252.
Simioni 2014, p. 9: Léopoldine est représentée à l´antipode de son époux : élégante, sereine, d´une noble tranquillité, sa force ne vient pas de caractéristiques physiques tangibles mais d´une suprématie intellectuelle, corroborée par la posture raide d´un homme d'État. On peut imaginer que l'artiste a voulu introduire l´idée que la princesse n'a pas « donné le Cri15 », mais l'aura engendré, laissant à son mari le soin de la simple exécution de l'action. Simioni, Ana Paula Cavalcanti (2014). "Les portraits de l'Impératrice. Genre et politique dans la peinture d'histoire du Brésil". Nuevo Mundo Mundos Nuevos (in French). doi:10.4000/nuevomundo.66390. ISSN1626-0252.
Vincentis 2015, p. 69: Convocou-se o conselho de Estado para o dia 1 de setembro (ou 2), às 10 horas da manhã. Já estavam todos os ministros presentes no Paço. Fez José Bonifácio a exposição verbal do estado em que se achavam os negócios públicos, e concluiu dizendo que não era mais possível permanecer naquela dubiedade e indecisão, e para salvar o Brasil cumpria que se proclamasse imediatamente a sua separação de Portugal. Propôs, então, que se escrevesse a D. Pedro que sem perda de tempo pusesse termo, ali mesmo, em São Paulo, a uma situação tão dolorosa para os brasileiros. Vincentis, Paulo de (2015). Pintura histórica no Salão do Centenário da Independência do Brasil (Dissertação de Mestrado em Filosofia) (in Portuguese). São Paulo: Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. doi:10.11606/D.100.2014.tde-23012015-092503.
CREMONA, Ercole (January 1923). "O Salão do Centenário". Illustração Brasileira. Rio de Janeiro: Egba. Archived from the original on 2018-03-05. Retrieved 2018-02-26.
Simioni 2002, p. 153: Na tela, Georgina centrou a cena na princesa Leopoldina, indicando o seu papel de articuladora política, visto como fundamental para o evento celebrado. O modo com que o faz também deve ser destacado: ela não está ao centro, com uma espada, e tendo abaixo os homens (ou o povo, se se quiser), tal qual aparecia nas pinturas alegóricas ou naquelas em que o herói era um homem. Essa heroína é serena (contrariando a noção da mulher como um ser sem controle sobre suas paixões); não se coloca acima dos homens (mas eles lhe rendem homenagem, ainda que estejam mais altos); não faz a guerra, mas a articula; não dá "o grito", mas o engendra, sua força é intelectual. Simioni, Ana Paula Cavalcanti (2002). "Between conventions and discreet daring: Georgina de Albuquerque and the historical feminine painting in Brazil". Revista Brasileira de Ciências Sociais (in Portuguese). 17 (50): 143–159. doi:10.1590/S0102-69092002000300009. ISSN0102-6909.
Simioni 2002, p. 152: Do ponto de vista formal, o mínimo que se pode dizer é que Georgina foi tímida, pois buscava essa solução de compromisso já repetidamente utilizada por artistas franceses os quais conheceu, ou como aluna ou como espectadora, em seu período de formação na França. Tais fórmulas, presentes ainda nos anos de 1980 em artistas denominados juste milieu foram absorvidas por vários outros artistas brasileiros como Visconti, Calixto, Amoedo, Décio Villares, Manoel Lopes Rodrigues, Firmino Monteiro, entre outros, constituindo-se como um patamar de atuação seguro, com um público relativamente estável, ou, em outras palavras, demonstrava um desejo de atualização, um gosto pelo moderno, mas sem grandes ânsias pela ruptura com o sistema acadêmico. Simioni, Ana Paula Cavalcanti (2002). "Between conventions and discreet daring: Georgina de Albuquerque and the historical feminine painting in Brazil". Revista Brasileira de Ciências Sociais (in Portuguese). 17 (50): 143–159. doi:10.1590/S0102-69092002000300009. ISSN0102-6909.
Simioni 2014, p. 9: Léopoldine est représentée à l´antipode de son époux : élégante, sereine, d´une noble tranquillité, sa force ne vient pas de caractéristiques physiques tangibles mais d´une suprématie intellectuelle, corroborée par la posture raide d´un homme d'État. On peut imaginer que l'artiste a voulu introduire l´idée que la princesse n'a pas « donné le Cri15 », mais l'aura engendré, laissant à son mari le soin de la simple exécution de l'action. Simioni, Ana Paula Cavalcanti (2014). "Les portraits de l'Impératrice. Genre et politique dans la peinture d'histoire du Brésil". Nuevo Mundo Mundos Nuevos (in French). doi:10.4000/nuevomundo.66390. ISSN1626-0252.