(PT) "A Câmara adoptou mesmo a alteração que em 1926 fora feita à lei italiana, no sentido de não obrigar ex-maçons a mencionar a sua pertença passada à Maçonaria, obrigação que o projecto de Cabral mantivera. Ficavam assim desobrigados dessa declaração os ex-maçons que eram agora altas figuras do Estado Novo, como o Presidente da República, Óscar Carmona e o Presidente da Assembleia Nacional, José Alberto dos Reis, para não citar outros, como Bissaya Barreto, amigo e conselheiro de Salazar, que com este reunia semanalmente. Não por acaso, no próprio dia da votação do projecto de lei, o deputado Carneiro Pacheco apresentou previamente uma proposta de elevação do general Carmona ao marechalato." José Barreto, "Fernando Pessoa em defesa da Maçonaria: A história do artigo que rompeu com o Estado Novo", su Biblioteca Fernando Pessoa.