Marcello Caetano, dissidente do integralismo em 1929, em A Constituição de 1933. Estudo de Direito Político (Coimbra Editora, 1956, pp. 2-3), afirmou que o denominador comum dos diversos elementos políticos que estiveram na origem do Estado Novo "estava no repúdio do sistema parlamentar e no desejo de um regime com um governo estável, autoritário e responsável", acrescentando: "Tal modo de ver era favorecido pela larga difusão das doutrinas do Integralismo Lusitano e pelo ambiente europeu". No entanto, os integralistas lusitanos combateram o regime. O integralista Hipólito Raposo classificou o regime como "Salazarquia". O integralista Luís de Almeida Braga considerou-o um "ditadura administrativa manhosamente transformada em ditadura policial", considerando que aquele "híbrido sistema político, tirânico e vingativo", estava "a arrastar-nos para a pior catástrofe da nossa História", etc.. [1].
José Manuel Quintas, "Os Monárquicos" in Iva Delgado, Carlos Pacheco e Telmo Faria (coord.), Humberto Delgado – as eleições de 58, Lisboa, Vega, 1998, pp. 137-173.