Em 1894, Augusto de Castilho estava ao comando de uma força naval portuguesa constituída pelos navios de guerra Mindello e Affonso de Albuquerque, surta no porto do Rio de Janeiro para proteger os interesses portugueses face à revolta da esquadra brasileira. Depois de infrutíferas diligências diplomáticas para pôr termo à disputa, em que Augusto de Castilho teve papel relevante, o levantamento foi esmagado e 493 brasileiros, incluindo cerca de 70 oficiais revoltosos e o líder do movimento, o almirante Luís Filipe de Saldanha da Gama, refugiaram-se a bordo dos navios portugueses. Sem possibilidade de manter a bordo tão elevado número de pessoas, foi obrigado, não obstante os protestos do governo brasileiro, a zarpar para o Rio da Prata, onde grande parte dos refugiados desembarcou, apesar das garantias dadas de que isso não aconteceria. Num ambiente de grande anti-portuguesismo, o incidente foi considerado como violação da soberania brasileira e originou o corte das relações diplomáticas entre os dois países. Cf: Adelar Heinsfeld, "A ruptura diplomática Brasil-Portugal: um aspecto do americanismo do início da República brasileira", comunicação ao XXIV Simpósio Nacional de História (2007) da Associação Nacional de História (ANPUH).