Analysis of information sources in references of the Wikipedia article "Ofensiva azerbaijana no Alto Carabaque em 2023" in Portuguese language version.
Na semana seguinte, houve uma reconfiguração das ligações rodoviárias e das posições militares no Corredor de Lachin, com as forças azeris construindo um novo posto militar, assumindo o controle de altitudes estratégicas, ignorando os apelos russos para retornar às suas localizações originais e apreendendo terras na Armênia ao redor da nova estrada que leva das aldeias de Tegh e Kornidzor em direção a Carabaque.
"[A Assembleia Parlamentar do Conselho Europeu]... está extremamente preocupada com os eventos... que culminaram em 12 de dezembro de 2022 com a interrupção da passagem livre e segura pelo corredor de Lachin e o subsequente corte deliberado no fornecimento de eletricidade e gás para a região... [A Assembleia]... insta o Azerbaijão a restaurar o fornecimento de eletricidade e gás imediatamente e sem impedimentos".
... A Rússia não se opõe a permitir que o Azerbaijão utilize uma estratégia de guerra híbrida como esta, que consiste em bloquear o único corredor que é uma linha de vida, basicamente, para eventualmente pressionar a Armênia a um acordo de paz real, a concessões...
Considerando que esta crise humanitária foi ainda agravada pela interrupção do fornecimento de gás natural por parte do Azerbaijão a Nagorno-Carabaque, deixando casas, hospitais e escolas sem aquecimento... [o Parlamento Europeu]... insta o Azerbaijão a abster-se de minar o funcionamento das conexões de transporte, energia e comunicação entre a Armênia e Nagorno-Carabaque no futuro.
Ao utilizar pseudo-eco-protestantes em vez de movimentos militares das forças azeris, como era a estratégia anterior, e causar uma crise humanitária acompanhada de narrativas falsas e desinformação, o Azerbaijão está empregando táticas de guerra híbrida contra os armênios. Esta operação busca objetivos de curto, médio e longo prazo.
Luis Moreno Ocampo, o Procurador fundador do Tribunal Penal Internacional, argumenta que "há uma base razoável para acreditar que um genocídio está sendo cometido contra os armênios que vivem em Alto Carabaque em 2023", acrescentando que isso "deveria ser considerado um genocídio nos termos do Artigo II (c) da [Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e a Punição do Crime de Genocídio] (Convenção do Genocídio): 'Deliberadamente infligir ao grupo condições de vida calculadas para provocar sua destruição física'". Ocampo também acrescentou que "Não há crematórios, e não há ataques com machetes. A inanição é a arma invisível do genocídio. Sem uma mudança dramática imediata, esse grupo de armênios será destruído em poucas semanas".
Outros veem a crescente situação humanitária como uma forma de desencadear um êxodo. É "limpeza étnica indireta", disse Giragosian, do Centro de Estudos Regionais. "Não pela baioneta, mas sim criando condições insuportáveis". Suleymanov, o embaixador azerbaijano, afirmou que Baku queria, em vez disso, alcançar a plena integração do povo de Alto Carabaque. "Eles são nossos cidadãos", disse ele, acrescentando que acreditava que em breve seriam portadores de passaporte.
Outros veem a crescente situação humanitária como uma forma de provocar um êxodo. É "uma limpeza étnica indireta", disse Giragosian, do Centro de Estudos Regionais. "Não pela baioneta, mas sim criando condições insuportáveis". Suleymanov, o embaixador azeri, afirmou que Baku desejava, em vez disso, alcançar a integração total das pessoas do Alto Carabaque. "Eles são nossos cidadãos", disse ele, acrescentando que acreditava que em breve seriam detentores de passaportes.
Os civis armênios de Alto Carabaque e das regiões circundantes ao longo da fronteira armênio-azerbaijana estão ameaçados pelo exército do Azerbaijão e enfrentam violência se tentarem deixar o território armênio nas áreas em disputa.
Com o Azerbaijão agora privando de alimentos as 120 mil pessoas que alega serem seus cidadãos, muitos observadores concordam que a ideia de que os armênios de Carabaque podem viver com segurança no Azerbaijão de Ilham Aliyev é dificilmente crível.
O tráfego ocasional da CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) e russo continuou até 15 de junho, momento em que o Azerbaijão interrompeu todas as entregas humanitárias. Nenhum alimento, medicamento ou combustível entrou em Nagorno-Carabaque desde então.
O presidente Aliyev disse aos armênios de Alto Carabaque para 'obedecerem as leis do Azerbaijão [e] serem cidadãos leais e normais do Azerbaijão'. Ele ameaçou que, se as instituições separatistas do território não fossem dissolvidas, o Azerbaijão as dissolveria pela força e rejeitou a perspectiva de proteções internacionais para os armênios étnicos.
"Os cortes diários de energia de duas horas, implementados em 9 de janeiro, foram substituídos por cortes de energia diários de quatro horas em 17 de janeiro".
O analista político e ativista pela paz Bahruz Samadov afirmou que o objetivo era a limpeza étnica da população armênia da região. "O objetivo final é desarmenizar Alto Carabaque. A constante insegurança ontológica que o Azerbaijão mantém em [Alto Carabaque] é uma política que tem um destino — destruir o Alto Carabaque. A mesma política de bloqueio e bombardeio já ocorreu na década de 1990".
Siranush Sargsyan, a local Karabakh Armenian journalist, told POLITICO that neither she nor any of her family had received SMS messages warning of the attack and said it was impossible to trust Azerbaijan’s “humanitarian corridor” offer to leave. “How can I trust them? They will kill me, definitely,” she added.
O Azerbaijão e a Armênia têm se confrontado repetidamente por causa do Alto Carabaque, que é internacionalmente reconhecido como parte do Azerbaijão, mas em grande parte habitado por armênios étnicos e em grande parte governado pela não reconhecida República de Artsaque.
Por quase 30 anos, eles construíram uma república autoproclamada independente com eleições democráticas, uma imprensa livre e uma variedade de instituições públicas. Oficialmente, ela permaneceu dentro dos limites territoriais do Azerbaijão, não reconhecida por nenhum país estrangeiro, embora mediadores internacionais tenham feito referência ao direito à autodeterminação dos armênios locais como parte das negociações de paz em andamento.
Por quase 30 anos, eles construíram uma república autoproclamada independente com eleições democráticas, uma imprensa livre e uma variedade de instituições públicas. Oficialmente, ela permaneceu dentro dos limites territoriais do Azerbaijão, não reconhecida por nenhum país estrangeiro, embora mediadores internacionais tenham feito referência ao direito à autodeterminação dos armênios locais como parte das negociações de paz em andamento.
